Chamam-lhe agora, para aguçar o marketing, "mestre do neo-realismo" (e de quantos outros o mesmo não se lhes podia chamar?) mas Rossellini saía do cânone desse movimento (melhor seria chamarem-lhe "mestre do realismo"). Veio até de uma certa contemporização com o fascismo (como outros, nomeadamente Fellini) enquanto foi regime e de uma visão católica do mundo, a qual aliás nunca perdeu, longe portanto de aproximações ao materialismo histórico (preferiu, antes, aproximar-se de Ingrid Bergman, gosto que só se lhe pode gabar). Mas os grandes talentos ultrapassam cânones, sabe-se. Rossellini é prova disso. Tanto assim que não gabamos as escolhas aos que (em Lisboa ou no Porto) passarem ao lado de ver ou rever a obra deste grande homem do cinema.
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