Vem aí a oportunidade de corrigir uma escolha marcada pelo desinteresse que permitiu a marca decisória da militância castradora, clerical e ultramontana. O que, assim dito, nada invalida sobre a soberania da decisão antes maioritariamente tomada (pelo que estive sempre contra uma decisão de “secretaria parlamentar” destinada a “corrigir” vanguardisticamente uma decisão tomada em referendo).
Agora, há que fazer tudo pela causa do “SIM”, no debate e no esclarecimento, para alijar a marca medieval elitista que penaliza a decisão legítima de a mulher (de preferência, o casal), sem ter de abdicar do seu direito ao prazer, decidir livremente os filhos que quer lançar no mundo para os amar. Maternidade e paternidade sem projecto de amor aos filhos, na base de os desejar, são três quartos de caminho para termos mais crianças infelizes. E quanto a essas, já basta o que basta. E, neste quadro, evitá-lo fora do IVG, o único caminho alternativo é termos mais castidade ao preço da abdicação da beleza estética do prazer que é (e deve continuar a ser)privilégio exclusivo dos capados e das capadas.
Sobre o próximo Referendo sobre o IVG, recomendo a leitura do lúcido post colocado pela Cristina.
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