
Suponho que, até aqui, a surpresa maior da pré-campanha é o Manuel Alegre, que muitos já julgavam (mal) arrumado, surgir com o destaque que se vê.
Enquanto as candidaturas do PCP e do BE cumprem objectivos de «médio alcance» - legítimos, úteis mas limitados Manuel Alegre perfila-se como aspirante à 2ª volta. É uma chatice...
É altura, talvez, de perceber que os partidos políticos, sem embargo do papel fundador que tiveram no regime democrático e que claramente mantêm, não esgotam a actividade política.
É curioso que o caudal dos que não se revêem nas outras candidaturas tenha engrossado, de repente.
Parece-me ser mais um sinal do desencanto com a lógica fechada e castradora dos aparelhos partidários, do que, propriamente, uma rendição incondicional aos encantos carismáticos de Manuel Alegre.
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