A ditadura castrista, talvez cansada de mandar para a prisão os discordantes e os jornalistas, resolveu variar a ementa repressiva. Quiçá como prova de pluralismo presidiário, os dirigentes cubanos decidiram inaugurar uma nova etapa e prenderem-se uns aos outros. Juan Carlos Robinsón Agramonte, até há pouco figura grada da Comissão Política do Partido Comunista Cubano e que havia combatido em Angola em apoio do MPLA, foi condenado a 12 anos de prisão sob a acusação de “tráfico continuado de influências” (a “nota oficial” pode ser lida aqui). O ex-dirigente cubano agora condenado era um dos pouquíssimos dirigentes partidários e do Estado com pele negra. Sabendo-se que os negros em Cuba constituem a maioria da população prisional e têm preferência nas interpelações policiais, a medida, além do mais, acrescenta coerência à distribuição racial estratificada na sociedade cubana.
OS MEUS BLOGS ANTERIORES:
Bota Acima (no blogger.br) (Setembro 2003 / Fevereiro 2004) - já web-apagado pelo servidor.
Bota Acima (Fevereiro 2004 a Novembro 2004)
Água Lisa 1 (Setembro 2004 a Fevereiro 2005)
Água Lisa 2 (Fevereiro 2005 a Junho 2005)
Água Lisa 3 (Junho 2005 a Dezembro 2005)
Água Lisa 4 (Outubro 2005 a Dezembro 2005)
Água Lisa 5 (Dezembro 2005 a Março 2006)