Como em todos os países árabes-muçulmanos com economia turística, os bazares e o comércio ambulante abundam, num comércio informal vigoroso e que se estende por tudo quanto é sítio, a oferta é diversificada, os preços são ajustados pelo
regateio (por regra, o ajuste é feito na metade do primeiro preço proposto pelo mercador).
Os egípcios usam magistralmente a sua simpatia endógena para cativar os turistas e sabem adoçar os corações dos resistentes.
A oferta é ampla. Desde as bugigangas insuportáveis até artigos interessantes. Têm uma produção artesanal intensa e variada (inspiração não falta) e chegam a apresentar imitações suportáveis que não tornam demasiado pimba a sala de estar.
Excepto as entradas em alguns museus e monumentos, tudo se compra e se paga em euros. Em notas ou em moedas (incluindo as de cêntimo). Se o turista se dispõe a trocar notas de euro por moedas, tem, por regra, direito a uma
lembrança pois eles encaram isso como uma taxa de câmbio suplementar e que lhes permite ir ao banco (onde não aceitam moedas). E, devido à diferença de cotação, o euro é mais bem recebido que o dólar.
Os vendedores egípcios são chatos como se calcula (mas o seu assédio é bem mais suportável que noutros países árabes de intenso turismo como sejam Marrocos e Tunísia). E, também como se entende, não perdem a oportunidade do contacto físico disfarçado com as turistas mulheres (novas, velhas, feias, bonitas, magras, gordas) sob a capa da representação da gentileza comerciante (ali, a carência sexual aperta e de que maneira).