O DN está pelas ruas da amargura. Nunca se recompôs da sina de
jornal oficioso do regime. Tirando um ou outro parêntesis. Nem a
santa privatização lhe valeu. Do controlo estatal - estatal mesmo - ao controlo estatal - Santana/Delgado/PT - foi um passo de caracol. Tudo como dantes, quartel na Avenida da Liberdade.
O Delgado está a afirmar-se como um comissário duro. Ou controla ou mata.
Quem se ri disto tudo é o Belmiro. Ena pá, ele que é dono de tanta coisa, agora até o é do
jornal da oposição. O
homem mais rico é agora o
homem do contra. Capitalismo tardio contra o capitalismo de regência. Tarda nada, acordamos e estamos a viver na República Popular da Sonae. Com o José Manuel Fernandes em director do
Avante depois de Belmiro Azevedo ter comprado este jornal para ajudar ao centralismo democrático.