Eu não consigo evitar uma ponta de emoção cada vez que vejo ou leio uma expressão de maternidade ou paternidade que se baba em deleite estético perante a prole [nota: disse estético, não disse lamecha nem galináceo e que são formas menores, porque fáceis, do gostar]. Será pela velhice que já mal segura, sem entornar, o saco frágil da sensibilidade. Também por ver brutalidades tamanhas de tanto pai e tanta mãe, demasiados, que deviam ter feito exame prévio, chumbando, antes de terem o direito solene á gravidez [e, nestes casos, deviam as IVG’s serem automaticamente legalizadas, recomendadas até]. Este foi um caso. Porque, além do sentimento (sabias, Marco, que um ateu, além do gozo em dispensar o divino, também é sensível aos sentimentos?), lança um flash em que um pai, sem se infantilizar (destruindo-se como modelo), consegue entender a linguagem infantil, os seus códigos, mais a noção do prazer infinito em os subverterem para, depois, gozarem o prazer maior de com eles se reconciliarem. Obrigado Marco, fizeste-me ganhar a blogo-semana.
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