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A querela entre
igualdade e
liberdade já não fará grande sentido. No sentido de as hierarquizar, entenda-se. A história demonstrou um número suficiente de equívocos sobre as prevalências e as vozes das vítimas ainda não se calaram. Deram-se, e ainda se dão, bofetadas a mais na
liberdade, em nome da pressa para a
igualdade, que julgo que o alimentado binómio já seja peça para museu. Adquirido estará que não há marcha para a
igualdade que não passe pela
liberdade, enquanto o contrário não é possível. A discussão restará, talvez seja mesmo eterna, sobre o
grau de igualdade</i>, o que coloca este valor como meta nunca absoluta, retirando a questão da liberdade para fora da conversa, por redundante ela ser.
O que sobra, e é menos abordado e sentido, é a questão do valor da fraternidade, esse olhar e sentir os outros com olhos que passam pela incapacidade em termos paz e sentirmo-nos bem sem contarmos com o que os outros sentem. No fundo, a capacidade de se entender a mão para apoiar e não para dar empurrões para podermos passar adiante, quanto mais sós melhor, no receio de que o queijo não chegue para todos.
O que os neo-liberais buscam é a desigualdade libertina de se chegarem à frente, presumindo que a frente é toda deles. Por isso, rejeitam o social e o Estado, a protecção aos fracos e indefesos, coisas que só atrapalham os negócios. A menos que, os do Social SA, espreitem uma oportunidade de negócio no que sobra de fraterno. Corrompendo a regra do primado do talento que só pode garantir-se com base na igualdade de oportunidades.