Quarta-feira, 24 de Novembro de 2004
![Cervera[1].jpg](http://agualisa.blogs.sapo.pt/arquivo/Cervera[1].jpg)
Tão certos e tão compostos. Tão preparados. Tão mestres a administrar e ministrar o bem e o mal.
E castos, lá isso é que sim. Porque estão destinados a morrerem solteiros.
Mas tão negros. Nunca sujam os fatos. E lembram corvos.
Evito-os. Para os pecados tamanhos que carrego, precisava deles todos. E com todos à perna, ia-me sentir mais perdido que a escuridão.
De Joo a 25 de Novembro de 2004
Quem não sabe que toda a regra tem excepção? E, relativamente ao Eça, prefiro o Guerra Junqueiro do "Padre Eterno"... Aproxima-se mais dos que conheci, sobretudo na época em que dominavam, de mãos dadas com o fascismo, as almas portuguesas -uma corja reaccionária. Pois, os tempos hoje são outros. Mas continuam, menos corvos, menos dominadores, a não ser gente para a liberdade. Quando muito, estão adaptados às circunstâncias. Nas grandes cidades, são modernos, no interior profundo (onde ainda mandam nas consciências), agarram-se aos caciques e continuam obscurantistas. Neste meio (clerical), muito admiro as honradíssimas excepções (que se contam pelos dedos)- aqueles que procuram modernizar e libertar nos meios onde reina o poder obscuro. Mas a grande maioria anda de lanterna acesa onde há luz e apaga a luz onde há escuridão. E a Igreja Católica ainda não pediu perdão aos portugueses pelo decisivo contributo que deu à conservação e consolidação do fascismo português. Pelo contrário, prefere beatificar os infelizes pastorinhos do embuste de Fátima. Abraço, caro Marco.
De
Marco a 25 de Novembro de 2004
João, tu lá terás as tuas razões para os evitar.
Mas não os ponhas todos no mesmo saco.
Por vezes entre eles aparecem pessoas incríveis. O próprio Eça, no Crime do Padre Amaro, criou uma personagem (creio que é o abade Ferrão - não me lembro bem do nome) que representa o sacerdote ideal e - opinião minha - alguma esperança que ele ainda tinha em relação ao cristianismo.
De IO a 24 de Novembro de 2004
Não fales de escuridão, que eles mandam-te acender velas!...
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