![foot129[1].jpg](http://agualisa.blogs.sapo.pt/arquivo/foot129[1].jpg)
Miguel Sousa Tavares foi certeiro, na TVI, quando disse, sobre este
acordo eleitoral Santana/Portas, que nunca vira antes um anúncio de divórcio com promessa de novo e próximo casamento.
Além do mais, esta decisão representa uma visão peculiar sobre o eleitorado: deitem votos que as
poucas vergonhas fazemos nós, e somos capazes de as fazer todas. Num vale-tudo eleitoralista, numa encenação de diferença que tem por fim único a contabilidade nas urnas.
Entre os dois partidos governantes, a campanha eleitoral vai ser uma espécie de espectáculo do género que há uns tempos se faziam no Coliseu: a
luta livre combinada, em que o vencedor estava pré-determinado e ninguém se aleijava pois os golpes eram todos fingidos.
O populismo não conhece limites de decência. Uma vergonha. Mais uma. No caso, só merece a repugnância pela desonestidade política mais reles. Esta gente, se tivesse vestígio de vergonha, só devia fazer campanha na Feira do Relógio, a Catedral da contrafacção.