![capt.ge11112121343.switzerland_christmas_swimming_ge111[1].jpg](http://agualisa.blogs.sapo.pt/arquivo/capt.ge11112121343.switzerland_christmas_swimming_ge111[1].jpg)
É fatal. Respira-se o ar pré-natalício. Talvez o mais formal e plástico de todos os rituais.
Irrita-me a paz representada e o consumismo de obrigação. Na primeira, a essência hipócrita do evangelismo cristão que procura amansar os gritos sob pretexto de que se devem evitar os excessos da natureza pagã. No segundo, este tempo de suplantação do Ter sobre o Ser. Ao fim e ao cabo, uma religiosidade difusa que nos deva direitinhos ao paganismo da posse representando o dar, talvez a expressão mais tosca de que é dos ricos e dos piedosos o reino dos céus.
Pois foi neste pré-natal que duas
putas da política se mostraram juntas a ostentar as ligas com os canivetes bem disfarçados.
Mas gosto do Natal. Não das
putas, do Natal. Do Natal. A carne do espírito é bem fraca. Vou comprar as minhas prendinhas e já volto. Não vou nada, como de costume, fica para o fim. Para poder fingir que fujo ao pré-Natal.