Pois eu, quanto a galheteiros, também alinho com o
compadre Isidoro. Está-se mesmo a ver que ali há mãozinha forçada dada aos embaladores do agro-alimentar.
Nos tempos do antigamente, havia os famosos
fiscais do isqueiro, pagos à comissão por multa de falta de licença para porte de arma para acender o cigarro. Na altura, para proteger as fosforeiras. E para criar mais uma casta de gente miúda servil para com o regime, a par dos
bufos e outros mais, pagos em moedas na troca da dignidade por uns extras míseros. Irão os herdeiros do Sevinate criar, agora, um bando de cívicos armados em
fiscais de galheteiros?
Para mais, o galheteiro ainda se vê porque se olha. E aprecia-se o aspecto, a limpidez, a natureza do líquido e o seu sabor próprio e individualizado. E nas cozinhas? Aí é que, longe da vista, na intimidade do refogado, podem acontecer as mais indignas zurrapadas. E é com o galheteiro na mesa, aquilo que está ali a olhos de semear, é que se inventou mais uma proibição? Galheta neles!