Há personagens que nos fazem a História e a quem custa desvendar as facetas com que moldam o nosso devir enquanto povo. Na política, no trabalho, na economia, na finança, na cultura, no fazer. Tendem, quando assim acontece, a transformarem-se em personagens-mistério, entrando na galeria de candidatos a mito. Confesso que pouca ou nenhuma capacidade de apreciação tenho sobre essa pedra angular da nossa vida financeira que é Armando Vara (parecido com o nada que sei sobre a profundidade dos conhecimentos sobre os negócios do petróleo por parte do "oil-man" Fernando Gomes, seu camarada socialista). Nem uma pista consigo decifrar sobre os seus méritos eméritos que o guindaram ao cume da Caixa e depois transferir-se para os aposentos decisórios do BCP. Mas quando Sócrates nos conta que tentou demover todos os administradores da Caixa de debandarem para o BCP, falhando em dois mas segurando a transferência de um terceiro, não tendo, portanto, conseguido com Vara, não posso deixar de me interrogar sobre o que se passou entre a bruma do que se sabe por se poder saber. Vara, um rebelde político, talvez o militante socialista que mais frontal e corajosamente resistiu e se opôs a Sócrates? Quem sabe, quem sabe. Assim sendo, porque é que quando se fala de rebeldia no PS, a conversa vai sempre ter ao poeta? Insondável sindroma socialista este que leva a que, por condicionamento cultural marxista, um poeta é tudo e um banqueiro quase nada.
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