Julgo que não haja Maternidade em Olivenza. Provavelmente, porque os espanhóis evoluíram tanto em exigência de qualidade de vida que entenderão que em vez de espalharem salas de parto por tudo quanto é “pueblo”, sem meios nem condições, essa não é a melhor forma de garantir a boa reprodução assistida. E passar da quantidade para a qualidade, como exigência, exige o seu tempo de maturação. Assim, julgo que as parturientes de Olivenza recorram a Badajoz, ali a dois passos. Tal como uma parte das de Elvas, também pertinho.
Mas tenho pena que Olivenza não tenha Maternidade. E fossem as mães de Badajoz a lá irem por míngua de obstretas, ginecologistas, anestesistas e enfermeiras parteiras. Mas não – Badajoz é grande e Olivenza é pequena. Mas imaginando o que imaginei, a Maternidade estar em Olivenza e não em Badajoz, as mães de Elvas iriam, doravante, a Olivenza, a nossa. Não demoravam mais até chegarem ao sítio próprio para darem à luz e não havia confusões nem sarilhos sobre a mudança de pátria no parto. Bastava dizerem, para alegria dos “Amigos de Olivença” que tinham ido parir, não a Olivenza, mas sim a Olivença. Olivença, a nossa. Usurpada, para prazer e alegria dos que lá vivem, mas nossa, portuguesa, portuguesíssima. Tão portuguesa, ou mais, quanto Elvas, Barcelos, Lamego e Santo Tirso.
Serve a sugestão de grito a partilhar: Maternidade em Olivenza, já?
OS MEUS BLOGS ANTERIORES:
Bota Acima (no blogger.br) (Setembro 2003 / Fevereiro 2004) - já web-apagado pelo servidor.
Bota Acima (Fevereiro 2004 a Novembro 2004)
Água Lisa 1 (Setembro 2004 a Fevereiro 2005)
Água Lisa 2 (Fevereiro 2005 a Junho 2005)
Água Lisa 3 (Junho 2005 a Dezembro 2005)
Água Lisa 4 (Outubro 2005 a Dezembro 2005)
Água Lisa 5 (Dezembro 2005 a Março 2006)