O Miguel Silva, arguto como costuma ser e nosso "velho" companheiro no bloganço, põe o dedo numa ferida que teimamos em não curar (num alerta que poucos não assinarão por baixo):
A democracia pode sobreviver a muitas crises, mas dificilmente ao facto de ser tida como um dado adquirido, não precisando de ser permanentemente defendida e aprofundada. A forma como tratamos os mais desprotegidos revela muito do que somos e, neste momento, não revela uma grande preocupação com as suas condições.
Para, logo no parágrafo seguinte, elencando as maleitas dos tempos que correm, referir a moléstia do “separatismo Kosovar”.
Em que ficamos? A “questão do Kosovo” é-o por causa do nacionalismo sérvio (que não admite questionar o seu domínio com base em razões históricas ancestrais) ou porque a maioria albanesa que habita e é cidadã no Kosovo já decidiu, democraticamente nas urnas, a opção de soberania? Quem são, aqui, os “mais desprotegidos”, cujo não atendimento é factor de crise? A maioria do Kosovo que se quer divorciar da pata sérvia ou os que se abrigam, para prolongamento de domínio sobre o Kosovo e afastamento da União Europeia, numa “solidariedade eslavo-ortodoxa” (pior que o nacionalismo não é o pan-nacionalismo?) com ingerência clara do Grande Irmão de Moscovo que garante petróleo e gás desde que, por efeito de chantagem, os sérvios escolham o candidato eleitoral da corrente ultra-nacionalista virada a Leste?
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