Por decisão da presidência em exercício do Congresso das Cortes de Espanha, de Carmen Calvo (na foto), não constará da acta (Diário das Sessões) da sua última sessão parlamentar antes da dissolução, o diálogo entre Joan Tardá, porta voz da ERC e o seu homólogo do PP, Eduardo Zaplana. O que não impedirá que o foi dito tivesse sido dito. Tardá atacou assim o PP: "El Partido Popular no tiene credibilidad mientras tenga de presidente de honor a Manuel Fraga Iribarne, que tiene las manos manchadas de sangre. Esto es un hecho objetivo, porque todos saben que comandaba las fuerzas represoras del Franquismo". Ao que Zaplana respondeu: "Sus manifestaciones son despreciables porque, gracias a Manuel Fraga, manifestaciones y opiniones totalitarias y fascistas como las suyas se pueden escuchar en esta institución".
Bagunça não rima com compostura. Mas se querer apagar a memória não resulta, limpar actas não limpa a falta de decoro nas palavras proferidas. Só lhes dão eco. Assim, quem esteve pior entre os três deputados foi Cármen Calvo, prolongando o triste hábito espanhol de, logo eles que tanto falam, tentar que o silêncio seja a fórmula preferida para se fazer história.
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