O antigo presidente moçambicano Joaquim Chissano foi distinguido com o avultado “Mo Ibrahim Prize for Achievement in African Leadership”. Para quem sabe um pouco sobre o que foi o consulado Chissano na transição moçambicana do “marxismo-leninismo africano” (e terá sido, com Samora, que ele foi levado mais longe e até ao ponto mais absurdo por mais caricato) para a clepto-acumulação capitalista, ambas conduzidas e apropriadas pela mesma camarilha empoleirada na indiferença para com o sofrimento do seu povo, mas em seu nome, percebe o ponto baixo a que chegou a qualidade das lideranças africanas. Tanto que a escolha até se entende. Numa África desgraçada pelas heranças colonial e pós-colonial, a “corrupção iluminada” é mérito sério. A merecer prémio. Então, assim seja. Antes para Chissano que para Mugabe.
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