Sócrates perdeu a cabeça com a febre do seu sindroma sindical. São muitas e seguidas as suas calinadas (graves) neste domínio. E, como era previsível, os seus tiques autoritários de nojo serôdio pelos sindicatos encontraram logo terreno fértil para que uma legião de pequenos e médios subordinados servis quererem "apresentar serviço" para agradar ao chefe, típico dos bem conhecidos papistas zelosos. Sobretudo da parte dos que servem no campo da ordem (GNR, PSP, governadores civis). A obsessão antisindical de Sócrates, se ele não se curar depressa, acarta a água necessária para que o moinho da instrumentalização política dos sindicatos ensaque uns alqueires bem medidos de farinha de indignação e luta. Enquanto Sócrates se vai transformando num caso mal cheiroso em termos de higiene democrática. E poderá ainda, se não meter freio, evoluir para um caso de alguém que conseguiu diplomar-se com um imerecido diploma de estatuto político se vier a cair pela pressão oferecida de bandeja a um grupo minoritário que constrói a sua força partidária através da manipulação persistente sobre uma força social cristalizada, mas detentora de um saber adquirido em movimentações organizadas por profissionais que delas dependem como modo de vida. Com a prestimosa ajuda colateral de um PS gordo e gorduroso, atento e obediente, e que, transformado em partido de eleitos e nomeados, se deixou deslizar da esquerda para o centro-direita, caudilhando-se a um líder cujo grande mérito político de afirmação foi ter metido um golo na baliza do "frangueiro" Santana Lopes.
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