A vandalização de túmulos judeus em Lisboa com pinturas a quererem lembrar que o Holocausto foi obra incompleta, terá sido, para além de um acto de exibicionismo cobarde, um teste à persistência resistente do antisemitismo impregnado na sociedade portuguesa.
Se o foi, os cobardolas nazistóides devem estar algures a celebrar o feito e seus resultados. A maioria dos antisionistas, incluindo os que se negam como antisemitas (praticamente todos), não se perderam em grandes repulsas. Provavelmente, para não fornecerem trunfos a Israel.
Quanto à URAP (União dos Resistentes Antifascistas Portugueses) que antes bramava cada vez que um skin esticava um braço, silenciou a ignomínia desta profanação organizada. Como se verifica no seu site, onde a última notícia editada (em 5/10/2007) refere uma brava e gloriosa jornada de luta contra o nazi-fascismo:
“O núcleo da URAP de Santa Iria da Azóia organizou, no passado 29 de Setembro, uma excursão ao recém inaugurado Fluviário de Mora. A visita contou com a participação de 28 pessoas, ultrapassando o número de inscrições estipulado, confirmando o enorme interesse que a obra tem despertado.”
Parece que anda tudo virado para o culto aos peixes. É Sócrates encantado com o “pregado à galega” e os herdeiros do antifascismo com os peixes de rio expostos em Mora. Entretanto, os neo-nazis não se distraem nos alvos.
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