Os governos podem preferir os bons negócios à defesa dos direitos humanos e considerar democracia e liberdade como ninharias não cotadas em bolsa, portanto sem dividendos nas relações diplomáticas, na geoestratégia e nos interesses. É assim que a China, a Rússia e a Índia olham para a Birmânia. É assim que a maioria dos países democráticos olham para a China, para a Rússia, para a Índia, para a Birmânia. Como para o Tibete e para Cuba. Enquanto os direitos humanos forem sobretudo flor de retórica a valer menos que um bom negócio ou as relações com um bom negociante, é e será assim.
Compete, então, aos cidadãos do mundo dizer o que é necessário ser dito. Que os que prezam a democracia, a liberdade e os direitos humanos acima de qualquer e todos os negócios, aliás como sendo os melhores negócios dos homens e mulheres enquanto humanidade, que estamos com o povo da Birmânia e contra a ditadura sangrenta que oprime e chacina o seu povo. E que acreditamos que a hora da democracia e da liberdade não tardará a chegar à terra mártir da Birmânia (ou como a queiram rebaptizar).
É isto, e apenas isto, que hoje, juntando a voz a mais de 7.000 blogues de todo o mundo (*), aqui fica dito. Que os governos democráticos, a União Europeia, a ONU e todos os cidadãos do mundo com sentido da dignidade nos oiçam. E que o povo birmanês nos oiça também, em incentivo à sua valente luta.
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Adenda: No final do dia, atingiam o número de 13.000 os blogues que se registaram no site do "Free Burma!".
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