Terça-feira, 25 de Setembro de 2007
nos anos 1960 e 1970 a África do Sul era uma sociedade extremamente dinâmica, com círculos políticos liberais ricos, influentes e activos — foi a pressão desses círculos, e não o ruído do caniço, que precipitou a libertação de Mandela
De marcelo ribeiro a 26 de Setembro de 2007
Li o post em causa. Parece-me que mistura duas coisas. É verdade que a RAS era um país rico e activo e dinâmico. Só um tonto não sabe isso.
Também é verdade que foi sendo isolada e estrangulada pela opinião pública mundial. só os autores é que o não perceberam, pelos vistos.
O ruido do caniço foi-se tornando cada vez mais forte. sozinho não teria vencido mas sem ele o apartheid não cairia. Elementar!
A saída dos portugueses de Angola e Moçambique foi o segundo desastre para a RAS branca e pura.
E a pressão de Angola e Moçambique independentes, com guerras civis e tudo, foi mais um factor a dar cabo do tal país forte e activo.
A vulgaridade de opor o Cabo (liberal e inglês) a Joanesburgo (racista e ber) é só isso. Uma vulgaridade. Eu percebo que quem conheça Africa ache o filme que não vi pouco rico ou mesmo pobre. Também me parece pela descrição que fazem os críticos. todavia creio que se baseou na crónica de um dos guardas de Mandela e neste próprio, o que já concede um certo aval.
andei anos a tentar explicar Africa aos anti-colonialistas que nunca lá tinham posto os pés nem sequer estudado coisa que se visse. Trabalho baldado. Mas isso não implica que se aceite a tolice de Pitta sobretudo no tom em que é feita. TUDO contribuiu para a queda do apartheid, caniço incluído, com muitos mortos e muita burrice mas sempre com muitos mortos. É deplorável esquecer isso. E anti-histórico....
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