Concordando-se ou não com algumas das suas opiniões, as quais correram sempre o risco da frontalidade, Eduardo Prado Coelho foi uma figura marcante da cultura portuguesa. Em que deixou marca impressiva pela persistência em exigir sempre, em tudo, o primado da qualidade.
Calhou que o meu gosto pela leitura e pela escrita se tivesse desenvolvido, nos nossos anos muito verdes do despertar da década de 60, na tertúlia que Mário Castrim alimentou no “Diário de Lisboa – Juvenil”, um suplemento do vespertino já desaparecido com o objectivo de motivar os jovens para a escrita e espevitar novos talentos literários (alguns aí apareceram e por aí andam em escrita realizada). Ali conheci o Eduardo Prado Coelho e com ele convivi. Nunca passámos, em contacto pessoal, desse encontro nesses tempos verdes. Mas lê-lo alimentava-me o hábito de beber o café da manhã. Encontrei-o, não há muito, na sessão de lançamento público do livro sobre a campanha de Manuel Alegre (em que ele, como eu, fora apoiante empenhado), parecendo-me transfigurado pela doença e por marcas precoces da (nossa, a mesma) idade. Julgava-o, no entanto, em recuperação da doença grave que lhe batera à porta. Não contava que, hoje, com a sua perda, a cultura portuguesa ficasse com mais um luto a pesar-nos, pela perda de Eduardo Prado Coelho.
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