O Isidoro Machede fala a propósito desta interessante foto do “desmesurado peso do factor energético”. E tem razão, uma bateria pesa para burro. Mas eu alterno, comentando que a míngua aguça não só o engenho como a medida da nobreza a justificar o esforço. Esforço que nunca é ridículo em si mesmo, antes enobrece, como Paulo Portas lembrou na Madeira e citando Herr Auschwitz. Sobretudo quando, em pico alto de desafio á argúcia inventiva, automóvel não há, ou já não há, e o relato assume carácter de urgência, com o nosso clube a ligar-nos ao mundo por via da globalização portátil. E nesta competitividade paranóica que engalfinha bolsas de acções, o africano aprendeu que a solução melhor, a sua máxima capacidade de concorrer com a fartura, passa pela fórmula mágica do “não tem problema”, pulando e avançando como uma bola de criança, no bom dizer do poeta.
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