Terça-feira, 15 de Maio de 2007

A não perder a leitura deste post do Manuel Correia sobre o novo conceito político (mais de arremesso que de posicionamento) introduzido pelos “gatos fedorentos” – o do “extremo centro”. Pouco tardou entre a criativa fundação do novo conceito político e o surgimento de um seu teorizador, com gráfico geometrizado e tudo. Nada que a praxis do extremo-centrismo, neste caso muito anterior à teoria e a primar pela abundância acumulada, não justificasse. Assim, mudem-se as agulhas, porque temos novo partido para … combater (sem esperar pela usura do exercício do poder). Um muito obrigado aos “gatos” e um abraço agradecido ao sempre atento Manuel Correia.
Com um pedido de desculpa ao João Tunes por estar aqui a trocar propósitos sob as suas abas de água lisa, gostaria de acrescentar duas palavritas ao que foi dito.
O registo irónico corre sempre o risco de não ser entendido. Apesar do tratamento apropriado que o João Tunes deu ao meu poste e ao galhofeiro esquema, o comentador remete-nos para Maltez, que leio (não exaustivamente) mas cuja teorização do "extremo-centro", a ser verdade que coincide com a paródia referida, apenas me chegou através dos gatos.
Desconhecia completamente tão aprofundadas dissertações acerca do nosso xadrez político.
Resta-me pedir desculpa ao comentador e a Maltez por ter sido levado a sério numa rábula que se limitava a ridicularizar o "centrão".
Devo acrescentar que, se se desse o caso de coincidir com Maltez nalguma opinião ou parecer, também não me espantaria. Acho que isso sucede num ou noutro caso, sem que daí venha mal ao mundo para nenehum de nós.
Finalmente, reconduzindo o seu a seu dono, gostaria de reconhecer a primazia inventiva de Eric Hobsbawm, que escreveu o admirável "A era dos extremos" (lançado em Portugal na década de 90 do século passado).
O "extremo-centro" era de facto o "extremo" que faltava ao Século XX.
Chega-nos já no Século XXI. Sem surpresa. As coisas chegam cá sempre um pouco mais tarde do que aos outros sítios.
Que fazer?
Chorara sobre o leite derramado?
Claro que não!
Rir.
Rir é o melhor remédio.
Se não se pode derrotar o "centrão" com o debate político que os "extremo-centrões" evitam e abominam, que seja com a força do riso.
Que caia de ridículo!
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