A União Europeia está em dificuldades para definir uma posição comum perante Cuba e as perspectivas de mudança abertas com a doença de Fidel Castro. Duas posições se enfrentam: a da República Checa que pretende impulsionar a UE para uma posição firme de exigência de uma mudança democrática, embora pacífica e faseada. E a de Espanha, defendendo a actual posição imobilista de “esperar para ver”, posição esta a que não serão alheios os fortes investimentos espanhóis em Cuba, nomeadamente no sector hoteleiro.
Face a esta disparidade de posições, a presidência alemã não conseguiu definir uma estratégia consensual no Comité Político e de Segurança, relegando para uma instância inferior (o Comité do Conselho da UE para a América Latina) o reinício do debate. O que, na prática, representa uma vitória para Espanha e para a ditadura cubana. Mas também uma oportunidade perdida de a UE se afirmar, nas Caraíbas, como impulsionadora da afirmação democrática e, nesse sentido, contribuir para que a necessária saída de Cuba do imobilismo totalitário se faça pacificamente e com os menores custos para o povo cubano.
Imagem: Familiares de “balseros” (os que fogem de Cuba em jangadas improvisadas)
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