E fartando-me de falar de Praga, quase nada dizendo dela, tudo porque meti cerveja no meio, sendo a sede mais que muita, não referi o que mais devemos a Praga e que teve a ver com o trambolhão que nos livrou do Botas. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Conta-se, não tenho a certeza mas quero acreditar, que quando os tanques soviéticos entraram em Praga para acabarem com as brincadeiras primaveris, o Silva Pais, pressuroso e zeloso (como era zeloso o Silva Pais!), entrou terraço do Forte dentro e onde o Botas estava a apanhar banhos de sol (vestido, é claro, e de chapéu de feltro na cabeça) para lhe dar a nova. E logo ali, no terraço, encontrou o Botas deitado na sua cadeira de lona e segredou-lhe baixinho, para os “gnr” de sentinela não ouvirem: “excelência, o Exército Vermelho entrou em Praga…”. Então, o Botas assarapantado pelo sol, e meio zonzo da sesta, deu um estremeção, assim a modos que um fanico de nervoso miudinho porque imaginou os bolcheviques a invadirem-lhe a cidade dos arcebispos e a profanarem os sítios de onde o Gomes da Costa tinha partido para a missão redentora de abrir os caboucos do Estado Novo. Susto inopinado o do Botas, o suficiente para o trambolhão e bater com a mona no lajedo ali frente à barra onde o Tejo encontra o mar. Quanto ao resto já se sabe, reza a história. Sobre Praga e sobre o Botas. Sobre Braga também.
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