De vez em quando, um panfletário mais fogosamente descontrolado da tribo de Jerónimo larga o camuflado da retórica da propaganda e aqui vai disto. Então, só então, abrem o livro da duplicidade com que jogam o binómio revolução-democracia. Por exemplo, segundo o último “Avante”, não tem nada que saber: a “democracia soviética” foi “a mais perfeita até hoje alcançada pela humanidade”:
(...) a cada revolução se aperfeiçoavam as formas democráticas de governo e novas classes acediam ao voto e assim à gestão da coisa pública. Os finais do século XVIII deram à luz duas grandes democracias – a Americana, baseada em grande parte no trabalho escravo; a Francesa que logo expulsou o povo do poder, dando lugar aos exclusivos interesses da burguesia, varrendo da Europa o poder feudal dos aristocratas. Finalmente a Russa, levando ao poder quem trabalha e aniquilando os privilégios das classes que antes exploravam os trabalhadores.
Derrotada pela traição interna e pelo cerco imperialista, da democracia soviética, a mais perfeita até hoje alcançada pela humanidade, restam poucos focos no mundo que resistem. Mas outros se levantam.
Hoje, porém, a democracia «novíssima» de Bush é que dá o mote das outras todas e impõe os seus «direitos humanos» – o direito de explorar e de matar quem se não vergue.
Por cá, um novo Sócrates, colaborador servil de Bush, impõe a sua democracia.
Entendidos. Tanto que resta uma única dúvida: porque enganam quem trabalha e participam na farsa democrática, concorrendo a eleições e sentando rabos no Parlamento?
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