Honra à memória dos que tombaram há 70 anos para, finalmente, se abrir a segunda frente de combate à máquina de guerra do nazismo, juntando-se aos milhões de outras vítimas da barbárie hitleriana.
Infelizmente, há um sentimento de semi-inutilidade perante estes sacrifícios quando vemos os netos e bisnetos de Hitler a espalharem-se como praga pela Europa de hoje. Para além da lembrança, ainda fresca, das experiências iníquas e tirânicas em que se pretendeu substituir a tirania castanha por uma tirania vermelha. O que significa, assumindo as nossas responsabilidades, que nós e os nossos pais não soubemos merecer integralmente o legado de sacrifício dos mortos da Normandia e de outros sítios onde a besta nazi matou e destruiu. Estamos, portanto, em dívida para com os heróis, vivos ou mortos, que combateram e derrotaram o nazismo com as armas na mão, em que se incluem os bravos da Normandia. Paguemos essa dívida, pelo empenho na luta política sem tréguas aos totalitarismos, sejam eles castanhos, vermelhos ou outra cor, com ou sem riscas.
As esquerdas umbiguistas e sectárias, da reformista às radicais, estão a entrar em ou a prenunciar convulsões que colocam os excessos de umbigos à mostra. Parece ser um processo ondulatório em propagação acentuada. Começou no PS com a indigestão do coelho à moda de Pirro. Está a passar para o Bloco com os da Ana e outros anti-Ana. Melhor escondido mas com o rabo de fora, ao PCP já custa dissimular que lhes chegou a hora de reformarem a carta envelhecida por muito bater à sueca do Jerónimo dos discursos, do marxismo de sociedade recreativa e dos provérbios coloquiais ("como diz o nosso povo ..."), está empenhado em lançar o novo líder metendo-o a tocar sete instrumentos e mais alguns, de forma a que de tanto vermos e ouvirmos o João Ferreira no papel de pau para toda a obra, a sua eleição por aclamação tenha apenas a novidade das favas contadas, recolocando no cadeirão da secretaria-geral um neo intelectual "filho adoptivo da classe operária".
Vomitem baixinho mas sem parar. É que os da mó de baixo, precisam, urgentemente, de uma esquerda com tripa limpa. Disponível para combater e desalojar a direita, missão prioritária de qualquer esquerda e não estas esquerdas sectárias em permanente processo de canibalização.
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