Segundo Manuel António Pina (no JN):

Ninguém imaginaria, mas parece que um dos dois PCPs (porque há, pelo menos, dois: o que, a nível interno, se mostra comprometido com a causa dos oprimidos e o que, externamente, está ao lado de alguns dos mais opressores regimes políticos do Mundo) terá adoptado a norte-americaníssima teoria, que fez escola durante a Guerra Fria, do "he's a son of a bitch, but he's our son of a bitch".

(leia o artigo todo aqui)

Só o marketing podia destruir o que Rui Costa alcançou (tornar o Papa em mais um benfiquista)...

Até que a Birmânia se democratize, esta mulher, valente mulher, nunca desiste nem amolece.

Será disto?

João Frazão, da Comissão Política do PCP, comemorando, num almoço com uma centena de funcionários e colaboradores, o 94º aniversário dos bolcheviques na Rússia:

94 anos depois, dizemos, foi possível. Com o Socialismo, foi possível fazer de um país atrasado, semi-feudal, numa das maiores potências económicas mundiais. Foi possível fazer de um país analfabeto, um dos principais produtores de conhecimento, de arte, ciência e cultura. Foi possível, partindo de uma completa dependência e subserviência económica e de conhecimento, lançar o Sputnik e colocar o primeiro homem no espaço. Foi possível colocar a classe historicamente oprimida e explorada a determinar o seu destino.

Sobre este vómito, Manuel António Pina escreveu de modo espectacularmente conciso, conseguindo conter os instintos escatológicos vindos da revolta mais profunda. Ou seja, aquilo que mais merece um reles comunista-nazi com coluna de homilias avençada num pasquim que é exemplar modelo da decadência cultural e ideológica do comunismo lusitano-patriótico. Desde o desaparecimento de Cunhal, um “marxista de cristal” (segundo o Kremlin), o revisionismo rasca do estalinismo tardio abancou nas hostes do que resta da "intelectualidade" do PCP. Como admirar que, de recuo em recuo, já (re)celebrem o pacto germano-soviético de 39?