Estou certo que a direcção deste jornal não deixará neste espaço de Opinião a área de pensamento político e ideológico do marxismo-leninismo vazia.
(António Vilarigues, especialista em Sistemas de Comunicação e Informação, no “Público” de hoje)
Claro, com um imenso Olé!
Um trágico saldo criminal: 829 assassinados pela ETA de 1968 a 2010 (lista aqui). No mínimo, que não se tente silenciar as vítimas, tentando que desapareçam da memória, nesta hora de mediatização dos criminosos.
Claro que as imagens do fim de Kadafi são repugnantes. Com a mesma repugnância que se sente quando se revê a célebre foto de Mussolini e alguns dos seus próximos exibidos pelos partigiani em Milão para gáudio da população eufórica com o fim do fascismo italiano. Ou não?
Após assassinarem 800 pessoas e à beira do desmantelamento, os pistoleiros da ETA dizem que já chega.
É uma lástima que os que estão a mais vão sempre depois de muitos daqueles que nos farão sempre falta. Este, um figurão na galeria dos tiranos, ao menos, não morreu na cama.
Na reinação da mediocridade instalada entre os políticos profissionais da época actual, particularmente nesta etapa de crueldade governamental própria de sádicos sociais, avultam as degradações dos discursos (dos bandos vampirescos que formam a coligação governamental e das tristes oposições). Uma degradação discursiva que transporta o aviltamento de palavras. Por exemplo, o uso do termo coragem. Após o anúncio de Passos Coelho do mais safado dos roubos institucionais aos portugueses, vieram os dos séquitos do PSD e do PP elogiar a coragem do primeiro-ministro (com direito a ovação no parlamento) ao adoptar as medidas celeradas dos gangsters disfarçados de políticos que ocupam as poltronas ministeriais. Coragem? Como assim? Em paralelo, nada menos que entronar a valentia dos carrascos e dos membros dos pelotões de fuzilamento. Pois, também esses são “corajosos” a disparar a sangue frio…
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