Eu não discuto o gosto de Cavaco Silva pelos espectáculos de La Féria. Para mais, um gosto antigo e fidelizado, como o próprio encenador confirmou. E que está, aliás, em linha com o núcleo de eminências artísticas que, por virtude de gratidão, não esquece a política de apoio subvencionista que mereceu quando Cavaco era primeiro-ministro com Santana Lopes na secretaria da cultura. Desde então, estas personalidades das artes e espectáculos, onde se destacam Ruy de Carvalho, Eunice Muñoz e La Féria, não faltam a apoiar Santana e Cavaco sejam quais forem as lides eleitorais em que estes se metam. E se é bonita esta paga artístico-eleitoral, mais bonito é o reverso, demonstrando que artista grato não o é mais que o político que se gaba de ter uma corte de artistas, tentando merecê-la e conservá-la. A generosidade de Cavaco Silva aí está no esplendor dos grandes gratos: agora, por mor das suas funções e da sofisticação securitária dos tempos modernos, Cavaco, mesmo em férias em local de espaço aéreo fechado, não só leva a esposa a apreciar as pirotecnias artísticas ambulantes de La Féria, como compra de atacado mais 20 bilhetes para o seu séquito policial nestes tempos de  PSP Super Star, educando-a no gosto pelo teatro. É bonito de se saber.

O desenlace aproxima-se. Paul Newman procura cumpri-lo com o direito à ternura máxima entre a possível, numa despedida definitiva e anunciada. A todos os que amam o cinema, sabendo quanto lhe devem, resta, simbolicamente, dar-lhe a mão num longo obrigado, do tamanho da despedida. É o que faço.

Um excelente artigo sobre os símbolos e as exaltações franquistas que encharcam as igrejas espanholas, ainda celebrando a fusão entre a Igreja Católica e Franco como se “meia velha Espanha” continuasse a ser toda a Espanha, da autoria de Javier Rioyo, jornalista e escritor, pode ser lido aqui.

Não faço, não alimento e não leio blogues. Terão, certamente, muitas vantagens e utilidades, mas eu não me habituo a viver em territórios onde vivem o anonimato, a calúnia, a usurpação de autorias e a impunidade.

E, no final, após arrasarem a Ossétia do Sul e a Geórgia, haverá medalhados com várias condecorações militares.

Na transmissão televisiva da abertura dos Jogos de Pequim, mostraram George e Laura felizes a participarem na festa. Mas pareceu-me faltar qualquer coisa naquele quadro para ele ficar completo, talvez a companhia de Jerónimo Sousa.

e, contrariamente ao paspalhão autárquico de Santarém que costuma consumir lautamente o tempo que devia dedicar aos problemas dos munícipes escalabitanos para se pavonear como comentador televisivo de bitates criminologistas, não se referiu a “riscos especiais” com “brasileiros”.

O meu filho mais novo recebeu um convite para frequentar a Universidade de Verão do PSD que vai culminar, em jeito de cerimónia de graduação, com uma lição de Manuela Ferreira Leite. Não aceitou e eu senti-me aliviado porque já não tem idade para passar férias com os avós. Preferiu ir ao Festival do Sudoeste na costa alentejana e eu fiquei preocupado por o achar muito novo para tamanha confusão. O que eu gostava mesmo é que ele tivesse ido aqui, a Gião (Oliveira do Hospital), iniciativa equilibrada para jovens caviar e com magníficos workshops, aprender com Frei Louçã a preparar-se para a luta de classes dos tempos modernos que exigem novas artes e melhores perícias. Mas enfim, aliviados, preocupados ou recomendados, eles, os filhos, é que escolhem.

Depois das massagens, era inevitável que surgisse o conflito com as maçãs. Ou julgavam, os das frutas de Alcobaça, que o capitão de mar-e-praias do Algarve não leu a Bíblia?

Nota: O PCI (M) – Partido Comunista da Índia (Marxista), nasceu de uma cisão de tendência maoísta no velho e ortodoxo PCI – Partido Comunista da Índia. Posteriormente, o PCI (M) sofreu, ele próprio, uma cisão de onde saiu o PCI (ML) – Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), mais radical no apoio incondicional à direcção chinesa. Todas estas fracções, ocorridas nos anos 60 do século XX, recusaram-se, desde aí, à reconciliação e ao reagrupamento. Do naipe, o PCP, que fora antes um fiel aliado do PCI, escolheu, entretanto, o “partido do meio” como “companheiro de jornada”.