Finalmente, foi lida a sentença para os assassinos sobreviventes (sete deles cometeram depois um suicídio colectivo) do atentado do 11-M (em 2004) que vitimou 191 pessoas e provocou 1.800 feridos. A sentença lida pelo juiz Javier Gómez Bermúdez (na foto de cima) desmontou ainda a mentira urdida por Aznar (e que lhe custou uma derrota eleitoral) e continuada pelo PP com que tentou implicar a ETA no atentado. Os réus Jamal Zougam e Otman El Gnaoui, considerados autores materiais do atentado foram condenados a mais de 40.000 anos de prisão, o que não lhes perturbou o riso durante a leitura da sentença (foto de baixo).
Bem observado. Mas a indignação cívica é fácil de manifestar: desligar a televisão para ler o livro de Irene Flunser Pimentel.
Enquanto Vital Moreira não se cansa em apontar as virtudes intocáveis e suficientes da democracia representativa, o Isidoro alerta para os descaminhos semânticos a que pode levar um simples convite para se ser membro de uma junta de freguesia. E, no fundo, o problema gordo, o da democracia representativa, está aí: a forma como os nossos representantes nos representam rarefaz o mercado dos disponíveis para representarem, mesmo que seja a si próprio e poucos mais.
Oh se sim. Como se comprova pela gula exposta deste leitor pantagruélico deliciado perante mesa farta em iguarias arrematadas em deambulações pelos requintes das edições da culinária da literatura francesa. Pois é, os livros alimentam e … não engordam. Pois que tenha bom repasto, caro Marcelo.
Integrando-se nas cerimónias do “Dia da Memória” dedicado a evocar na Rússia as vítimas do comunismo soviético (calculadas em 30 milhões de pessoas, das quais 12,5 milhões de assassinados), o Presidente Putin, que foi tenente-coronel da KGB (órgão repressivo e de espionagem e contra-espionagem da URSS), rendeu homenagem aos caídos sob as balas do crime comunista organizado em Bútovo (na foto), antigo centro de fuzilamento nos arredores de Moscovo, em que a NKVD (antecessora da KGB) liquidou mais de 20.000 pessoas. E pronunciou palavras veementes de condenação da tragédia provocada pelo comunismo onde ele alcançou maior poder. Foi um gesto com enorme poder simbólico que não deve deixar de ser sublinhado porque não é vulgar que um antigo funcionário de um aparelho de extermínio dobre os joelhos em homenagem às suas vítimas.
Quando o chairman do BCP anunciou a recusa da fusão com o BPI e sobre o futuro disse que esse a deus pertence, admitindo encarar novas propostas de compra ou fusão, incluindo da banca espanhola, lembrei-me que monsenhor (e beato) Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro, Aragão, Espanha. E que são imprevisíveis os poderes e os arroubos nacionalistas de uma alma beata.
Em linguagem PSD, Luísa Mesquita na língua CDU traduz-se por António Capucho? Se sim, façam um dicionário trans-partidário para ver se os entendemos.
É a primeira vez que estou com Luís Filipe Vieira e provavelmente será a última que isso acontece. Mas entre ele e as claques, não hesito, não se pode hesitar. Ter clube não pode ser opção exclusiva de cegos e selvagens.
Pois se um sujeito com este passado, agora tem cobertura e pedalada para fazer milagres, incluindo os dois filhos de esposa sem útero, quem não se tenta por seguir a carreira do Luis Claudio?
(imagem roubada daqui)
Cristina Fernández de Kirchner, Presidenta eleita da Argentina:
Sueño también con imponer 'la marca Argentina' en el mundo, con que nuestros empresarios puedan colocar más y mejor sus productos en el exterior, porque ésta es la única manera de hacerse conocer.
Espera-se que, num primeiro retorno do apelo presidencial, um tal Di Maria aprenda rapidamente a entender-se com o esférico.
- Don Zapatero, acredita no que diz teu Rei que eu sou pela graça de Franco: Memória bem guardada e conservada está lá em cima, é a do Vaticano.
Para meter em agenda:
Esta apresentação pública do livro de Irene Pimentel, já disponível nas livrarias (edições "Círculo de Leitores" e "Temas & Debates"), contituído por um resumo da sua tese de doutoramento sobre o tema, conta com uma dissertação de José Medeiros Ferreira (professor universitário, político e comentador).
Estou a terminar a leitura desta importante e esclarecedora obra de entendimento sobre o funcionamento do principal instrumento repressivo do salazarismo-marcelismo e em que se desmontam algumas ideias feitas e vulgarizadas sobre o funcionamento da PIDE (preenchendo os inevitáveis mitos que povoam o imaginário antifascista). Quando terminar a leitura e amadurecer a opinião sobre o livro, a ele me voltarei a referir.
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