Entre os grandes crimes concentrados cometidos pelo comunismo conta-se o genocídio social levado a cabo quando os comunistas do Cambodja (os “khmer vermelhos”), liderados pelo psicopata marxista-leninista Pol Pot, exterminaram, em quatro anos, dois milhões de compatriotas.
Um dos responsáveis dos centros de tortura e extermínio, Kang Kech Ieu ('Duch'), na foto, tendo dirigido as execuções de 14.000 pessoas, vai finalmente ser sujeito a julgamento, com supervisão da ONU, sob acusação de ter cometido crimes contra a Humanidade.
Entretanto, Kang Kech Ieu ('Duch') diz que mudou de religião, trocando o marxismo-leninismo pelo cristianismo. Com um vigor tal que diz ser uma reincarnação de São Paulo com a missão de propagar a palavra de Deus. Veremos se lhe serve de atenuante.
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Adenda: Para uma versão mais radical mas, também por isso, mais directa e acutilante, recomenda-se a leitura deste post de José Manuel Correia que está em linha com um seu comentário aqui colocado.
Não conhecia o cantor Yu Zhenhuan. Mas não acho que esteja mal ser ele a transportar o facho olímpico no próximo ano em Pequim. Acho até que condiz. O desporto não é, sobretudo, uma celebração à força da natureza?
O cinema parece que anda a varrer os seus mestres e a querer meter-nos pontos negros na memória que nos resta e em que reconstruímos o imaginário. Bergman, logo a seguir Antonioni. Não nos deixam respirar para fazer um luto devido.
Ocorre hoje o primeiro aniversário de um caso único na história política mundial: um país tem um presidente ausente, doente e nominal e o irmão exerce-lhe o cargo provisória e fraternalmente. Um povo subordinado ao peso ilimitado dos símbolos conservados no baú de uma família demonstra que o absurdo também pode governar. Mas o mais incrível, porque o povo governado pelo absurdo suporta-o pela força da polícia política, é que este absurdo anacrónico é amarra ao real para uma utopia que alimenta algumas tribos perdidas mais uns insólitos que gostam de chocar outros.
5 milhões de euros por ano será o preço certo para se mudar para um clube espanhol de segunda linha, vestir uma camisola com as cores dos velhos colchões cheios de palha e ir jogar num velho estádio com data marcada para ir abaixo? Um meu patrício achou que sim.
Os atletas cubanos que participaram nos Jogos Pan Americanos realizados no Brasil, após vários dos seus colegas terem desertado, foram recambiados à pressa para Cuba mesmo sem receberem algumas medalhas e não participando na cerimónia de encerramento a realizar hoje. As autoridades cubanas queriam que alguns regressassem à ilha do paraíso socialista e um cubano que se apanhe fora do seu país nunca é de confiar.
Recomendo aos militantes e simpatizantes sectários do PS que andam crispados e em pânico por lhes poderem estragar o partido, podendo desarranjá-lo, em vez de se empenharem em o ligar à sociedade e ao ideário socialista, distinguindo-o da direita, que leiam a entrevista a António José Seguro no “Público” de hoje. Como este não é suspeito de preparar um cisma, mas não sendo mais papista que o papa, talvez tenha ajudado a que a febre unicista passe rápida.
Começo a desconfiar que a Cristina anda a congeminar um qualquer movimento de cidadania benfiquista e ainda se vai candidatar como independente para correr com o treinador…
Há funcionários e números. E números de funcionários. O que não devia existir é funcionários como números.
Talvez esteja enganado. E os funcionários sejam não só números como também metas:
se o Governo quer alcançar a sua anunciada meta de 75 000 funcionários a menos na legislatura, o ritmo de redução é claramente insuficiente (8 semestres vezes 4000 daria 32 000, menos de metade da referida meta).
Quando se apontam metas numéricas, convém ficar pelo menos próximo delas...
Um autêntico virgem ofendido este senhor. Estar ao lado de um troglodita impune dá nestas susceptibilidades.
Há que não deixar pensar os militantes (se pensam, pode sair asneira). O tarefismo sempre foi a melhor forma de ocupá-los, correndo entre muitas e complexas tarefas:
Neste quadro, são muitas e complexas as tarefas que se colocam aos comunistas portugueses - quer na resposta necessária à política levada a cabo pelo Governo e que, nunca é demais repetir, é uma política que tem como alvo o regime democrático nascido da revolução de Abril; quer em matéria de reforço do Partido, condição indispensável para que essa resposta assuma a dimensão e a força que a situação exige.
Quantas vezes a história tira cópias a papel químico (ou, na versão tecnológica de hoje, fazendo “copy paste”)? Terá agora chegado o momento do “grupo dos nove” no populismo bolivarista-militarista-social-cristão?
Até que Boaventura Sousa Santos dê oração de sapiência sobre a dialéctica Chavez-Baduel, no contexto do socialismo do século XXI, sento-me a aguardar a luz que nos iluminará vinda de Coimbra. E se o ilustre professor não se desengomar, então confio em Mário Soares que não falhará a oportunidade de dissertar sobre este "Melo Antunes" à moda da Venezuela.
A próxima “Festa do Avante” vai ter como ponto alto o ressuscitar da Revolução Bolchevique:
O 90.º aniversário da Revolução Socialista de Outubro, na Rússia, a primeira revolução proletária do mundo, será um tema em destaque. A evocação desta data maior da história da humanidade percorrerá os mais variados espaços da Festa: no palco 25 de Abril, com um espectáculo a ser-lhe dedicado, a Cantata Outubro, de Prokofiev; no Pavilhão Central, com uma exposição; no Espaço Internacional, que terá como tema este ano «90 anos da Revolução de Outubro, a luta dos trabalhadores e dos povos pela Paz, a Democracia, o Progresso e o Socialismo»; e, no espaço das artes plásticas, haverá uma mostra sobre a «Arte e Revolução na Revolução de Outubro».
Finalmente, vamos ter a grande oportunidade de conhecer a fundo o que foi o Gulag e o regime político que, até hoje, liquidou maior número de comunistas.
Luís Januário dedicou, até ao momento, doze posts ao livro “Foi assim” de Zita Seabra. E ainda não se sabe se vai ficar por aqui. O que significa que a indigestão foi forte e agora anda a vomitá-lo aos bocados. Em contrapartida, o Dr. Jara, psiquiatra comunista dedicado a executar, nas páginas do “Avante”, antigos dissidentes que escrevam as suas memórias (1, 2), liquidou o livro, a autora, a editora, um ex-marido (Carlos Brito, por acaso também ex-dissidente) e um outro antigo dissidente (Vital Moreira) que jantava com ela, num único artigo, ou seja, gastando só uma bala. Diferente, muito diferente, de quem atirou a Zita usando caçadeira e espalhando esferazinhas de chumbo. Entre a quantidade e a qualidade, a dialéctica balança.
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