Quarta-feira, 22 de Março de 2006

É bom que se acautelem. E a ETA não tem direito a declarar tréguas. Que pague pelos crimes de sangue e deponha as armas, entregando-as, convertendo-se ao jogo democrático.
Sim, lá terroristas são. Se bem que nestas coisas eu preferisse que fosse sempre o povo a decidir o que quer, pelo que defenderia um referendo basco para decidirem se querem ser espanhóis e franceses ou simplesmente bascos. Isso sim, seria democracia a sério. Não sei é se a Espanha e a França gostam da democracia a sério.
Saberá o Mac Adriano, não sabendo eu o que ele entende por “democracia a sério”, que: os bascos há muito que são autónomos e governados pelo PNV – Partido Nacional Basco? o governo de Espanha há muito que se mostrou aberto a um referendo na terra basca, incluindo a opção pela independência? a questão que mais tem inviabilizado a consulta soberana sobre o futuro da terra basca, é o chauvinismo-racista do irredentismo basco que não quer que os habitantes da terra basca, mesmo que de terceira geração, mas que não sejam bascos rácica-biologicamente puros, possam votar e (questão maior) entenderem que Navarra (e a maioria dos navarros considera-se navarra e não basca) é parte do País Basco?
O problema que que os etarras já suspenderam - ou declararam - tréguas por demasiadas vezes para poderem ser levados claramente a sério: umas quase definitivas outras temporárias. Estas, e aqui há que deixar o pragmatismo emergir, são as primeiras em que dizem... definitivas. Mas quem garante que não surge uma ETA-radical que não aceita as directrizes das cúpulas?
Um abraço
EA
Pois Eugénio, com esta gente tudo é de prevenir. Mas os factos que realçam são: a ETA está isolada do povo, foi militarmente destruída e querendo evitar a derrota política. E é positivo que da derrota da ETA se parta para a reconciliação democrática, na base das regras democráticas. Antes isso que o estertor do desespero. Digo por desejo, sem certeza alguma sobre o desfecho.
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