A rectificação do calendário do aumento do salário mínimo (convém lembrar que tinha sido acordado entre as três partes – governo, patronato, sindicatos – que o SM seria de 500 euros a partir do próximo 1 de Janeiro), representa apenas e só que os empresários se vão apropriar das diferenças rapinadas aos trabalhadores. Ou seja, continua, apesar da crise ou a pretexto da crise, a transferência de riqueza dos trabalhadores (no caso, dos que recebem salários mais baixos) para os donos das empresas. Foi isto, apenas isto, o que a maioria da Concertação Social decidiu através de um rapinanço institucional. O resto é argumentário construído pela retórica da cobardia fatalista.
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