Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2007

Difícil entender porque é que Mário Soares, o político mais afectivo e mais próximo, o que mais tem exposto os seus defeitos de humanidade, foi preterido relativamente a crispados ávidos do exercício da autoridade extremada. Porque está vivo? Porque a estupidez política daqueles que o empurraram para a última candidatura, explorando-lhe a vaidade de velho-adolescente, o fragilizaram ao nível do absurdo patético? Porque os portugueses, fartos de liberdade banalizada e mal consumida, se compensam do não uso da liberdade e da cidadania para se auto-flagelarem com uma nostalgia abstrata da tirania escolhendo tiranos sem hipótese de usarem bilhete de regresso? Ou porque Soares nos está tão próximo que sentimos a sua grandeza como nossa e votar nele seria como uma vaidade de votarmos em nós mesmos?
Umas quantas perguntas aqui. Umas tantas respostas ali.
João
Não tenho acompanhado esta MERDA de concurso na
TV,unicamente,através da Net.Gostaria de saber quantos portugueses votaram?Quem representam?
Penso,daquilo que li,houve um bando de"sacristas"
que se dividiu ao meio,uns para o Barreirinhas Cunhal
e a outra metade para o Salazar.Depois há uns ingénuos,pensam que estes concursos ´são uma coisa séria,votaram em Camões e no Souza Mendes.
O Soares não aparece,nem,por exemplo,o meu
conterrâneo,Manel Alegre,porque isto é um concurso
de treta,ou seja,uma MERDA,servida pelo,dito, serviço
público de TV.Desculpa se estou a dizer baboseiras,
tenho andado na "fossa"ultimamente
Abraço
Paulo
As melhoras, caro Paulo. E há que ter calma. Isto há-de animar. E... Alegre, sempre! Abraço.
De Jorge Filipe a 22 de Janeiro de 2007
'Deus Nosso Senhor nos perdoe...o bochechas é um cromo! Tem um handicap maior ainda, está vivo o malvado... Eu republicano e democrata (acho que é isso), socialista nem lá perto... volto a, lamentavelmente, concordar com o que escreve. Estaremos fartos de liberdade banalizada e mal consumida? Porque e queiramos ou não, o tempo é um grande escultor, esta vedeta (Soares) mostra isso mesmo. Humano...vaidoso, com múltiplas fraquezas de carácter, mas nunca um assassino, nunca um esbirro, nunca um bufo, nunca um cérebro brilhante incompreendido...era e é o marocas. Sei bem que se no dia de hoje escrevo o que escrevo muito lhe devo. Se fosse o Sr. Dr. Cunhal a ter tomado os comandos da barca outro galo cantaria. Mas graças a Deus que nós portugueses temos o dom da estupidez.'
De um amigo
Jorge Filipe
(de um comentário, recebido por e-mail por dificuldades técnicas em o inserir aqui)
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