Osvaldo Castro, um deputado experiente que prestigia a democracia e o parlamento, pelo seu labor nos trabalhos da Assembleia da República e sempre na primeira linha da defesa dos direitos e garantias dos cidadãos, luta que nele é uma “velha luta” e até anterior à reinstauração da democracia, deu-me um sinal companheiro de consonância no caminho que a esquerda, as esquerdas, tem (têm) de percorrer para levar Manuel Alegre a Belém.
Eu não tenho os compromissos partidários que condicionam, inevitavelmente, o Osvaldo Castro, um deputado já “clássico” na bancada parlamentar do PS. Eu estou velho demais para me (re)partidarizar, o Osvaldo Castro já não será suficientemente jovem para voltar a “devolver o cartão”. O que tem as suas vantagens e desvantagens, para um e para outro. Mas sendo assim, é assim. E talvez seja bom assim.
A minha consonância com Osvaldo Castro, mesmo não o conhecendo pessoalmente, mas que me honra pela admiração que nutro pela sua inteireza cidadã e pela boa memória que guardo de nossas outras lutas comuns pela afirmação democrática, seja contra a ditadura em forma de regime ou contra a ditadura em forma de partido, será um simples micro paradigma mas, de qualquer forma e no mínimo, um exemplo que interessa propagar. Não pelos abraços que proporciona aos “amigos de Alex” dos resistentes reencontrados. Mas, pragmaticamente, para derrotar Cavaco Silva, meta possível e necessária. De hoje, de agora. Passadas as azias, vencidos os preconceitos, aplanadas as vontades de apropriações, esvaziado o tempo dos cinismos, há um caminho comum a percorrer, com o bom senso dos sábios que escolhem entre o principal e o acessório. Para que Alegre seja um denominador comum à esquerda e ao centro-esquerda para derrotar o centro de permanente irradiação conservadora instalado em Belém. Há, entretanto, muito sectarismo de sectarismos vários e adversários a contornar e a pluralidade do apoio a Alegre suscita muitos “contrários” que só com muita sabedoria se vão conseguir entender (no essencial – para devolver Belém à esquerda). Mas isso é o que as esquerdas deste país têm para dar porque não há realidades políticas de “proveta”. E se Alegre, na sua campanha e dinâmica de vitória, obtendo congregações novas entre as esquerdas plurais e arreigadas às suas práticas autofágicas, conseguir funcionar como plataforma de uma nova unidade no essencial, a virada para um Portugal mais democrático, mais livre e menos desigual, então com Alegre em Belém teremos um país que sendo hoje de esquerdas enquistadas e paralelas parte para ser um país disposto a enfrentar esta e outras crises numa posição de esquerda que resolve os desafios através do diálogo entre as suas partes. Que de fora só fiquem os teimosos, os despeitados e os cínicos incorrigíveis. Porque esses não são solução mas sim a parte podre do problema.
Meu Caro Amigo João Tunes,
Verdadeiramente sem palavras, embaraçado, sem a resposta rápida que, dizem, me caracteriza, nem sei o que fazer...Eu não morri, mas o Meu Excelente Amigo e Camarada (posso dizê-lo na verdadeira acepção?) refere-se a mim de forma elogiosa como só se deve ouvir quando já cá não estamos...
Já sei... vou fazer link para "A Carta a Garcia" porque se eu conseguir descontar o meu nome, Você acaba de fazer um dos mais assertivos manifestos que Manuel Alegre pode ter...
Um Abraço muito forte e espero que nos possamos encontrar em Belém saudando um presidente-Poeta !
Osvaldo Castro
De transmontano-duriense plebeu (se quiser medir a ideossincracia, nasci a 2 km da terra de Torga) para marinhense ilustre: Arre porra, o que é que o meu post tem de liturgia fúnebre (logo eu que quando não gosto de vivos recém-mortos lhes digo isso até para dentro do caixão)? É da vida que eu gosto em Manuel Alegre, na medida em que ele é uma continuidade democrática dada às novas gerações para que não mais se suspire por chegar Abril ou desanimarem porque Abril murchou. Passei metade da minha vida a acender esse fogareiro, o de Abril, bombando-o como se fazia ao petróleo iluminante no velho "Hipólito" da fábrica de Torres Vedras. Sócrates e a sua governação revolvem-me as entranhas e enchem-me de cólicas políticas e, sobretudo, sociais. E haverá coisas que jamais lhe perdoarei. Mas poupem-me, no ocaso da vida (a minha, a biológica), de levar com Cavaco em segunda dose. Preciso de Alegre em Belém, pela democracia, pela esquerda, por mim. E gosto de, neste caminhar, me encontrar com boa gente. Vc, companheiro, é um deles. E garanto que lhe vou pedir autógrafo na primeira vez que tiver o gosto de o cumprimentar em carne e osso. Os meus netos vão gostar de lhe encontrar os rabiscos ao lado dos de Rui Costa, Saviola e Di Maria. E será um bom pretexto para lhes explicar como rimam bem a paixão, a democracia e a liberdade. Pois que papoilas e cravos sempre se deram bem.
Abraço.
De Ana Paula Fitas a 1 de Junho de 2010
Meu Caro Amigo :)
... não resisti e está lá, no A Nossa Candeia, um cravo e uma canção... para o João Tunes e o Osvaldo Castro :)
Um grande abraço :)
Abraço enternecido e militante, cara amiga.
De luis Ferreira a 1 de Junho de 2010
PORQUÊ ALEGRE?
Não gosto de Cavaco. Nunca gostei aliás. Com a devida diferença faz-me lembrar Salazar resuscitado em democracia. Tacanho.
Mas porquê Alegre para o PS? Porque sim? Porque não havia mais ninguém?
Está provado que em materia de presidenciais e de europeias Sócrates não acerta uma.
Ser de esquerda é suficiente? E o que é ser de esquerda? Ser culto é suficiente? E quem escreve é mais culto do que quem lê?
Finalmente, alguma vez foi eleito o Presidente da República sem votos do centro?! Não.
Logo Cavaco está reeleito sem precisar de fazer campanha. Pena que assim seja, mas é assim que vai ser.
Sem contraditório, este projecto não tinha graça. Bem aparecido, portanto.
Caro João Tunes
Permita-me o tratamento, até porque apesar de ter lido muita vez o seu blogue e o que nele vai publicando, penso ser a primeira vez que faço um comentário.
Ouvi uma vez uma expressão "há Homens e há caga-lumes". Tive um percurso de vida muito diferente do Osvaldo Castro. Sou uns anitos mais novo (presumo que 6) enquanto eu com 10 anos de idade e com a 4ª classe começava a trabalhar no vidro o Osvaldo estava a preparar-se para ingressar na universidade de Coimbra. Deixando os entretantos, a vida e a luta fez com que que o Osvaldo depois do seu papel destacado na chamadaa crise académica de coimbra em 1969 viesse parar ao Exercito em leiria (onde foi compulsivamente incorporado) daí até vir para a Marinha Grande leccionar educação fisíca, foi um passo.
Ainda nos tempos do obscurantismo, conheci-o de longe, ou seja nos meus circulos de trabalhador-estudante, o nome dele circulava como uma referência, estivemos juntos nalguns sítios, embora verdadeiramente só depois do 25 de Abril falámos. Comecei a militar no mesmo partido. Foi ele que me levou a aceitar mudar de vida e a dedicar toda a mesma vida ao nosso partido de então, como ele já fazia, o que deixei de fazer 2 ou 3 meses ante dele. Com um 1 ou 2 dias de diferença devolvemos o cartão.
Hoje acredito que apesar de todos os oportunismos e carreirismos, ainda há muita gente que está na politica activa para defender causas, não tenho duvidas que Osvaldo Castro é um deles.
Quanto ao resto caro João Tunes, subscrevo.
Cumprimentos
Folha seca
Cumprimento-o também. E agradeço que desvende (útil para quem não o conheça) o perfil de OC. Mas não se identifique, por favor, utilizando como nick name, um epíteto que pretendeu ser um insulto. É uma forma de prolongar uma querela que, julgo, nós os três já superámos e à vara larga.
Caro Joâo Tunes
Desculpe, não percebo a sua resposta.
Há qualquer equívoco.
Se o problema é eu usar um nick name... eu identifico-me claramente.
Cumprimentos
É preferência, não é problema. Muito menos um equívoco. Claro que prefiro tratar com pessoas chamando-as pelo nome. Mas faça como gostar mais.
Amigo João Tunes,
Agradecido por “dares na cabeça” ao meu amigo Folha Seca, mostrando-lhe a tua preferência pela cara dada e nome à vista. Para ti não é problema, mas para mim é. Por exemplo: O “Carta a Garcia”, já teve que mandar para o seu caixote do lixo toneladas de comentários meus. Já lhe chamei “Folha Seca” e, pasme-se, também Ana Paula (Fitas). Ele está nesta esplanada a receber elogios teus. Também lhos poderia dar, não fora o tempão ” que levei até descobrir a sua real identidade…
Quanto ao post , não comento… Tenho por afirmação solene, escrita e jurada na minha declaração de princípios editada em 31 de Janeiro passado no meu blogue, que “Não entrarei no jogo político, por isso, não comentarei discursos ou posições de qualquer partido”. Á letra até podia, dado que Manuel Alegre se afirma como candidatura apartidária, mas eu sigo o espírito da coisa.
Contudo, estarei atento ao que a informação golpista dirá dele. Dele e dos outros. Esse é o meu papel.
Abraço
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Amigo João Tunes, <BR>Agradecido por “dares na cabeça” ao meu amigo Folha Seca, mostrando-lhe a tua preferência pela cara dada e nome à vista. Para ti não é problema, mas para mim é. Por exemplo: O “Carta a Garcia”, já teve que mandar para o seu caixote do lixo toneladas de comentários meus. Já lhe chamei “Folha Seca” e, pasme-se, também Ana Paula (Fitas). Ele está nesta esplanada a receber elogios teus. Também lhos poderia dar, não fora o tempão ” que levei até descobrir a sua real identidade… <BR>Quanto ao post , não comento… Tenho por afirmação solene, escrita e jurada na minha declaração de princípios editada em 31 de Janeiro passado no meu blogue, que “Não entrarei no jogo político, por isso, não comentarei discursos ou posições de qualquer partido”. Á letra até podia, dado que Manuel Alegre se afirma como candidatura apartidária, mas eu sigo o espírito da coisa. <BR>Contudo, estarei atento ao que a informação golpista dirá dele. Dele e dos outros. Esse é o meu papel. <BR><BR>Abraço <BR><BR class=incorrect name="incorrect" <a>PS-</A> Não sei se foi da tua excelente caldeirada, mas declarou-se-me uma úlcera. Estive internado mas já me recuperei. Nunca se sabe que sapo vou ter de engolir… <BR>
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