Regresso muitas mais vezes à minha terra de berço a beber-lhe os vinhos que a meter-lhe em cima os pés de reencontro. É que toda a poética épica das viagens ferroviárias de infância até ao Pinhão diluiu-se no progresso, o que muito me satisfaz. Para quem saiu de lá muito menino, voltar de auto-estrada, décadas passadas, é meia festa de regresso estragada no transporte da mensagem. Felizmente, o Douro continua a produzir vinho, incluindo muitos que são mesmo bons. Hoje, calhou-me um Quinta de la Rosa. Magnífico no balanço final, até no rótulo. Com um início duro e ansioso, pelo frutado áspero e madeirense, depois seguido de uma breve mas dura decepção (porque não é vinho para se beber servido em penalty). Mas o final, longo e digestivo, foi um bom regresso de esperança ao meu eixo de origem Sabrosa-Pinhão. Bem haja o nectar, pelo bem que soube. Fica o reencontro para a festa se festa acontecer.
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