Domingo, 31 de Janeiro de 2010
Só um nobre académico muito, mas mesmo muito, especialista nos assuntos de Outubro, conseguia pesquisar e difundir, com evidente gozo de partilha, esta imagem de valor especial porque a roçar o único. E que deixará Albano Nunes, o sumo sacerdote vigilante, mais a sua comandita, a roer as unhas ortodoxas de inveja descontrolada (o pior que pode acontecer a um funcionário controleiro). De facto, este flash fixa um momento de transgressão revisionista mas esteticamente conseguida em que a selecção de classe dá lugar à vida e traduz-se, magnificamente, na fixação do olhar erótico de viés do grande amigo de Álvaro, testa de ferro de Mikail e corrector do desvio de Nikita, o fiel Leónidas que até fez doutrina que lhe agarrou o nome, assim passando para a eternidade histórica. Mas aqui, como qualquer macho bolchevique ou burguês, Leónidas foi menos (ou mais?) que secretário-geral, sendo apenas um camarada sensor ilustre nos eros não colectivizados.