No domingo passado, rumei ao Barreiro para assistir ao jogo de basquetebol entre o penúltimo classificado e o terceiro, um Barreirense-Porto prometedor porque disputado entre a equipa mais jovem e das mais frágeis a competirem na Liga (média de idades dos jogadores: 20 anos) e uma das grandes potências nacionais do desporto, incluindo o basquetebol. Casa cheia no pavilhão municipal. No recinto, as torres e os veteranos vestidos de riscas azuis e brancas frente à miudagem magricela com outras riscas, a vermelho e branco, tutelada por um calmeirão americano, lento mas persistente, a funcionar como chefe de turma. A assistência era homogénea a torcer pelos putos da casa, mesmo sabendo que o objectivo da vitória era quimérico. E eu em casa me sentia, até porque daquela casa afectiva nunca saí. No meio da onda caseira barulhenta, uma mãe jovem mais o filho de uns cinco anos faziam a dissonância, apoiando o FêCêPê em cada cesto fruto da grande potência dos forasteiros. Na primeira parte, onde os azuis chegaram a estar a ganhar por mais dezassete pontos, a festa entre mãe e filho foi desinibida e permanente. Após o intervalo, o portista infantil foi colocado ao meu lado (para não ter obstáculos à visão do jogo) e, despachado o lanche imposto pela hora e pelo cuidado materno, ali o tive até ao fim como meu vizinho de bancada, olhos sempre fixos nos cestos e no marcador. No que, para mim, foi a experiência primeira de assistir a uma disputa desportiva sentado ao lado de um portista. Lá alternámos os festejos, eu e o catraio vizinho, consoante a sorte e o talento de cada uma das partes
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