
Nuno Rogeiro, especialista em mísseis balísticos, fez ontem na SIC-N, depois do discurso presidencial, a mais insana das defesas cavaquistas neste tempo de desnorte em Belém. Defendeu a liquidação de um governo PS logo na votação do programa do governo pelos votos conjuntos e desfavoráveis de uma coligação parlamentar PSD-CDS-BE-PCP, o que facilitaria a tarefa de Cavaco de não aturar Sócrates e podendo, a seguir, “com toda a legitimidade”, entregar a chefia do governo a MFL. Os outros comentadores e a moderadora ainda lembraram ao Rogeiro cavaquista que os programas de governo não vão a votos. Ele, recordando a sua formação como jurista, teimava contra todos dizendo que votar programas de governo no parlamento era o b-á-bá do direito constitucional. Donde se conclui que Cavaco não só perdeu a sensatez, anda a contaminar de pandemia de inépcia a sua troupe.