
O CDS com apenas mais 0,61% de votos que o BE, a nível nacional, consegue colocar mais 5 deputados que os bloquistas.
O BE com mais 1,97% de votos que a CDU (ou seja, mais do que o triplo da diferença entre CDS e BE) coloca apenas mais 1 deputado que os comunistas.
É um método muito injusto.
Seja para quem for.
O método vem desde as primeiras eleições. Não é contestável. Só quiz salientar uma curiosidade, a de que os deputados do BE foram, entre o terceiro e o quinto, os "mais caros" (em termos de eleitores para cada deputado). E que resultam de uma melhor distribuição de votos a nível nacional mas ainda sem suficiente expressão distrital que permita eleger deputados ao "mesmo preço" do CDS e da CDU. O que apresenta um potencial: em próximas eleições, se o BE subir mais (mesmo que não muito) e na mesma distribuição, pode inverter este efeito, subindo para o terceiro lugar e acentuando a posição de "lanterna vermelha" da CDU.
De Outeiro a 28 de Setembro de 2009
E se fosse ao contrário?
Se o BE tivesse a vantagem mínima com mais 5 deputados?
São as regras existentes, todos os intervenientes sabiam.
E haverá métodos JUSTOS e PERFEITOS?
Se mesmo assim Louçã foi arrogante, intolerante e sectário (EU sou a ESQUERDA) com mais 5 deputados exigiria ser Primeiro Ministro.
E eu que estive hesitante entre BE e PS!
Fiquei vacinado.
Esquerda sim mas tolerante, dialogante, não sectária.
O que se exige é um PS a olhar mais à esquerda.
Vai ser difícil dialogar com o monolitismo pré-histórico e com a arrogância intolerante dos pregadores!
Seria fundamental que esse diálogo se fizesse e desse fruto.
Com ambos, BE e PCP.
À primeira parte do seu discurso já respondi na resposta ao comentário anterior. No resto, o seu deabafo corresponde ao seu estado de alma, o qual não comento.
De Filipe a 28 de Setembro de 2009
Pois, por alguma razão é que os partidos mais pequenos lutam tanto pelo terceiro lugar.
Não é o terceiro lugar que determina este efeito, ele podia beneficiar relativamente um partido com menos votos que outro. O efeito depende do impacto distrital por aplicação local do método de Hondt. Leia, sff, a resposta que dei ao primeiro comentário.
Os círculos eleitorais deveriam ser alterados. Não faz grande sentido manter círculos como Portalegre com 2 deputados, ou mesmo Évora com 3. Fazia sentido em 1975, quando havia mais população no interior do que hoje. Talvez seja o momento de pensar em agregar alguns dos círculos eleitorais mais pequenos. E acabar com os círculos da emigração (os emigras que votem por correspondência).
Ah, e fazer uma limpeza nos cadernos eleitorais.
Tudo, ou quase, é reformável. Concordo.
Creio que o João Tunes conhecerá como se aplica concretamente o Método de Hondt e por isso me dispenso de explicar o conjunto de circunstâncias que concorreram para que os resultados eleitorais possam ser apresentados da maneira que o faz.
Contudo, não me recordo de preciosismo idêntico num poste de há uns meses em que o João Tunes se regozija pela eleição de Rui Tavares para o Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda… É que, nessas eleições, o BE colocou mais 1 eurodeputado do que o PCP com "apenas mais" 0,07% dos votos.
Assim se, em consequência as eleições de ontem, um deputado do BE precisou de mais 23% de votos do que um do CDS e de mais 17% de votos do que um do PCP para ser eleito, nas eleições europeias de Junho aconteceu precisamente o contrário, o CDS precisou de mais 17% de votos e o PCP de 49%.
Com todos os seus defeitos, o Método de Hondt parece-me ter, ao menos, a virtude de ser imparcial quanto ao efeito das distorções que provoca (numas eleições a favor de uns, noutra a favor de outros), ao contrário de certos comentários que a aplicação do dito Método suscita.
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