Tenho faltado nas referências ao candidato Miguel Portas. Não é por mal, apenas porque este candidato tudo tem feito para me desfalecer a hipótese do meu voto de estreia no Bloco.
Tchhhh! Lá vai o voto para a camarada Ilda!!!
De Jorge Conceição a 31 de Maio de 2009
Segundo o PSD (ou o PS?) votar BE ou CDU nas europeias é votar na mesma família política europeia, o GUE/NLG... Será isso mesmo indiferente, ou interessará QUEM lá estiver?
Continuem a ver se me convencem. Bem preciso de ajuda...
Vamos lá tentar (convencer). Isto está tudo ligado - europeias e o que se segue.
- Quer outra maioria absoluta do PS?
- Vai votar CDU???
- Não se sente meio parvo se votar branco ou nulo ou se se abstiver?
- Então?!...
De Jorge Conceição a 31 de Maio de 2009
Ia responder à Joana perguntando se as eleições europeias valem por si (pelos seus objectivos) ou se devem ser encaradas apenas como um meio do combate político interno (a atenção às outras eleições que se avizinham e à actual posição do PS).
Entretanto li no blogue do Miguel Portas o seguinte: "A dimensão da manifestação dos professores (de hoje) quer dizer uma coisa muito simples - existe uma classe profissional inteiramente mobilizada para um grande castigo no próximo domingo".
Confesso que fiquei meio atordoado e... que me aproximo agora mais das dúvidas do João Tunes!
Jorge,
Se todos os líderes e candidatos interpretam os vários actos eleitorias como um todo (em toda a parte, não só em Portugal), quem sou eu para fazer o contrário...
De Jorge Conceição a 1 de Junho de 2009
Não é por os líderes e candidatos tomarem atitudes políticas incorrectas que eu vou decidir encolher os ombros dizendo: "seja". Se os líderes e candidatos não levam a sério (não na "seriedade" deles, mas na seriedade objectiva) cada um dos actos eleitorais de per si, seria antes, talvez, de lhes voltar as costas e de deixá-los a falar sozinhos...
Se eu entender o conjunto dos três próximos actos eleitorais como um todo, como quem joga xadrez e não cada um deles com os seus objectivos próprios, então terei, tacticamente, de votar em todas essas eleições no mesmo partido ou talvez mesmo num partido em que eu não me reveja, mas que esteja mais bem colocado para derrotar o meu principal adversário. Tal modo de pensar, se aprofundado, levar-nos-ia bem longe. E poderíamos chegar à conclusão que o melhor seria não existirem partidos, ou eleições, ou as duas coisas.
A questão que coloquei no meu primeiro comentário, na sequência da observação da Ana Gomes citada noutro "post" do João Tunes, acho que tem sentido e que deveria ser objecto de reflexão e de avaliação: dois partidos diferentes da esquerda portuguesa estão no mesmo grupo parlamentar europeu (aliás como acontece na direita com o PSD e o PP, que estão no EPP-ED). É, por isso, indiferente quem para ali seja eleito por qualquer um destes partidos? Ou as intervenções de cada um nesse Parlamento e nas suas comissões farão diferença? E, já agora, isso terá alguma importância ao pé do facto do PS, em casa, ficar com menos votos?
Para já, é minha intenção votar no mesmo partido nos três actos eleitorais e não vejo que incorrecção possa haver em tal decisão. Escolho aquele que, globalmente, melhor (ou menos pior) corresponde às minhas opções.
Quanto ao facto de BE e CDU estarem no mesmo grupo europeu: eu identifiquei as diferenças na acção dos seus deputados no mandato actual.
Finalmente, o facto de o número de votos no PS «em casa » ser menor não é para mim um mal.
De Jorge Conceição a 1 de Junho de 2009
Joana, eu não pretendia avaliar da bondade ou não de o PS ter menos votos "em casa". (De passagem, posso dizer que o PS perder votos é um resultado que me agrada). O que pretendia, com a minha última questão, era confrontarmo-nos com o quadro seguinte:
- o que é importante numas (nestas) eleições europeias: o que os partidos candidatos (ou os candidatos individualmente) possam vir a "fazer" no Parlamento Europeu ou fazermos, por extrapolação, uma pretensa nova arrumação cá dentro? (Repare: "pretensa", porque os resultados das europeias não ditarão legalmente nenhum novo arranjo interno; serão apenas indicativos).
Também não disse que tinha intenção de votar em partidos diferentes nas três eleições. Mas é um direito que assiste a cada um de nós e que, teoricamente, é mais objectivo: eu posso apoiar nacionalmente e na Europa um determinado partido e ter opção diferente nas autárquicas, que tem características marcadamente locais. (Pessoalmente, por exemplo, tenho grandes dúvidas que o BE tenha um projecto credível para Lisboa).
E eu a vir aqui não sei quantas vezes para ver se o João já se decidiu... e nada...
Não está fácil mas ainda falta campanha. Só uma coisa é já certa: não vou pôr os cinco ovos (votos) no mesmo cesto...
Irei por partes. Quanto ao primeiro ovo (voto), bem tenho tentado não ouvir o Miguel Portas mas é difícil pois ele grita-me aos ouvidos com criancices igualitárias embrulhadas em demagogia sob forma de metáforas. E detesto que me infantilizem o voto (ovo).
Não tenho o ouvido tão apurado - ou sou menos purista, talvez.
Vou por exclusão de partes, neste caso sem hesitação.
Não desista, Joana. Não foi em vão que a designei como minha guia espiritual...
Não sei se a minha militância dá para tanto, mas tentarei...
Obrigado. Com um grande abraço.
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