Oração conformista de João César das Neves na sua homilia paisana no DN de hoje:
“Todos conhecemos bem os defeitos e vícios da sociedade que temos. Mas nunca devemos perder o respeito, simpatia, até amor por ela. Porque ela é tudo o que temos. É tudo o que somos. É verdade que nos desiludiu, enganou, agrediu e violentou tantas vezes. Mas ao mesmo tempo é ela que nos sustenta, que nos dá vida e segurança. Foi ela que nos formou como somos. Até foi ela que nos ensinou tudo o que sabemos. É ela que nos permite ainda ter esperança, ao menos de poder vir a ter esperança.”
”Devemos amar esta nossa sociedade porque ela é nossa. Como os pais, que apesar dos defeitos dos filhos, que conhecem como ninguém, os amam porque são seus. E também porque ela é como cada um de nós. Também eu sou muito pior do que devia ser. Também eu sou o resultado de múltiplas reformas falhadas, ideais traídos, princípios abandonados. Mas continuo a ter respeito e amor por mim. Devemos amar e respeitar a nossa sociedade, finalmente, porque ela vai ser nossa até morrermos. A não ser que a estraguemos. Sabemos bem das últimas décadas como muitos dos que pretenderam transformá-la criaram monstros muito piores que ela. Do alto da sua generosidade arrogante, com um supino desprezo nascido do ideal elevado, esses acabaram por esbanjar os sonhos e só deixar escombros.”
(texto completo aqui)
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Adenda: Oportuníssimo o comentário do Lutz, no seu blogue, a este post.
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