Segunda-feira, 11 de Maio de 2009

A RDA, se sobreviva, faria 60 anos. Mas faleceu aos 40, por dores intestinais. Ficou a memória do beijo que lhe deu vida enquanto viveu.
De joana freitas a 14 de Maio de 2009
Obrigado pelos esclarecimentos. Mas, atendendo o que muitos leitores jovens como eu não o sabem, quanto à imagem não seria mais educativo para não dizer mais sério informar que o beijo na boca entre homens eslavos (pelo menos entre os russos) é uma tradição tão natural e antiga como o nosso aperto de mão ?
Está bem, eu ensino os mais novos como vc: Honnecker não era eslavo nem russo, era germânico e alemão cuja cultura e ciostumes não contêm o hábito beijoqueiro. Portanto, no caso, é legítimo considerar que a adopção por Honnecker, em nome da RDA, de uma saudação que era estranha à sua cultura e protocolo, o beijo como cumprimento entre homens, foi um sinal de submissão perante Brejenev e a URSS. E que beijo!
Já agora e mais: os russos (nem todos os eslavos o fazem) têm vários níveis de afecto no cumprimento e não recorrem ao beijo com todos os homens. Os beijos nas faces já obedecem a um certo grau de estima e confiança, usam-nos para pessoas que consideram ao nível da amizade fraternal. São raríssimos os beijos na boca, só reservados para momentos especiais e para pessoas muito especiais. E nada obriga que alguém se submeta a hábitos que não são seus sem que isso belisque a consideração. Cunhal, como se sabe, tinha relações estreitas, de fraternidade política e forte amizade pessoal com vários dirigentes soviéticos, mas, sempre que se encontrava com eles, por causa das tosses, esticava imediatamente o braço para impor o aperto de mão, antes que o abraço e o beijo viessem inevitáveis.
Sobre o tema, não ponho mais na escrita, pois não sou prof de protocolo. Desejo que volte sem a impertinência de me exigir ser "mais sério". Porque se duvida da seriedade praticada neste sítio, voltar aqui é atracção sua por más companhias. Como é nova, evite-as.
Como admitirá foi curto o engano tentado sobre a sua juventude e aparente curiosidade. Chama-se tanto Joana Freitas como eu tenho Maria Joaquina como nome, é tão nova (pelo menos intelectualmente) quanto a minha avó se ela ainda fosse viva. Resumidamente, a sua qualidade de membro da "brigada Brejnev" que agrupa os provocadores do PCP na blogosfera, evidenciou-se cedo (sobretudo quando passou a plantar provocações em tudo que era post). Não adianta pois tentar acampar aqui em provocação continuada. O tempo de antena aos súbditos do Grande Chefe Jerónimo acabou aqui. Ele que o ature.
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