Uma inteligência culta sem sensibilidade pode ir longe no mercado se o vento da bolsa correr de feição. Numa sociedade e nas vidas que a fazem, só juntas fazem com que se mereça viver com os outros. Andamos submergidos, por culpa de todos, no bacoco, no provinciano, na vidinha, no fabrico de bílis, no rasca licenciado, mestrado e doutorado, no arroto do efémero, na vaidade de meio minuto. A revolução com sonhos vai longe. Por excesso de inteligentes insensíveis e de sensíveis dogmáticos. Mas como não há mal absoluto, volta e meia tropeça-se num(a) revolucionário(a) perdido(a) que não se perdeu na fala das palavras. São aquelas figuras, tão exóticas quanto estimáveis, para as quais “o Carmo está ali, vamos lá”. Terá sido mais ou menos assim que pensou Salgueiro Maia no dia de todos os nossos dias. Maria Manuela Cruzeiro, se não o pensou, escreveu-o ao escrever sobre Salgueiro Maia.
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