Domingo, 29 de Março de 2009

Não há justificação possível que justifique um espectáculo público (aberto ao público pagante de bilhete) ser atrasado pelo atraso de quaisquer personalidades. A não ser a da banalização do abuso de poder. Esse crime de entorse democrático foi cometido no CCB pelos abusadores atrasados e pelos servis que ordenaram que o público pagante de bilhete tivesse de esperar a chegada de Sua Excelência, a namorada de Sua Excelência e os convidados de Sua Excelência.
Estamos de acordo, João Tunes.
Será que quando o primeiro ministro vai á ópera, é suposto esperar pela sua chegada e retardar o início do espectáculo até que ele esteja bem sentado no seu lugar? Obviamente não.
Um espectáculo de opera não é um acto oficial, nem Sócrates vai a ópera na veste de primeiro ministro, em funções oficiais. Mesmo que a opera seja um programinha social nocturno para entreter um qualquer dignitário estrangeiro.
Por isso, o que se passou no CCB foi pura e simplesmente uma falta de respeito de Sócrates pelos concidadãos, e estes reagiram em conformidade pateando a entrada em cena – no camarote VIP – do cidadão primeiro ministro e respectiva namorada.
Uma reacção justa e á medida, portanto.
Convenhamos que esta mania de Sócrates se ter em alta conta e se considerar bem acima dos demais concidadãos é directamente proporcional á sua enorme intolerância e irritação face a noticias incómodas e opiniões críticas, e aos esforços que desenvolve para condicionar e intimidar o exercício do direito a informar dos liberdade de jornalistas, o exercício correcto do poder judicial, e para condicionar empresas e instituições aos interesses partidários e eleitorais.
A julgar por aquela vaia, parece que finalmente os eleitores se dão conta e se mostram fartos da sobranceria oca de José Sócrates .
Aquela vaia foi um sintoma e um bom ensaio para as eleições que se avizinham.
Independentemente do seu conteúdo (de que não partilho os últimos parágrafos nitidamente "de campanha"), este não é um comentário, é cópia de um post editado noutro blogue no que configura uma acção de multiplicação de audiências utilizando espaços alheios. Não acho qualquer graça a estes expedientes, pedindo à pessoa oculta atrás do pseudónimo de resguardo do anonimato que não o repita. Até por uma razão bem simples: não o vou permitir.
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