Não há justificação possível que justifique um espectáculo público (aberto ao público pagante de bilhete) ser atrasado pelo atraso de quaisquer personalidades. A não ser a da banalização do abuso de poder. Esse crime de entorse democrático foi cometido no CCB pelos abusadores atrasados e pelos servis que ordenaram que o público pagante de bilhete tivesse de esperar a chegada de Sua Excelência, a namorada de Sua Excelência e os convidados de Sua Excelência.
Salvo erro, no dia 13 de Fevereiro de 2009, fui, munido de um convite que me tinha sido gentilmente arranjado por uma pessoa que conheço, assistir à exposição Darwin na Gulbenkian:a inauguração da mesma.
Estava marcada para as 7 horas da tarde.
Como aparentemente era necessário dar largas à vaidade do inútil que é ministro da cultura e do séquito de parasitas que o seguiam, às 7.15 estava o senhor em questão a dar, escorrendo a baba, uma entrevista para a televisão.
Pergunto a um segurança às 7.30, quando começaria. Resposta: não sabemos.Já foi adiada 3 vezes em termos de horário.
Venho depois a perceber , por volta das 9 horas da noite que a razão(umas das) pela qual não começou a horas se deveu ao facto de o senhor que é Presidente da República ter ido - privadamente - das 8 horas da noite até às 9 horas ver a exposição, enquanto o resto dos cavalos (quase duas mil pessoas) estava à espera que a exposição começasse.
É "ESTA CULTURA" anti democrática em que micróbios políticos banalizam o abuso de poder; que deve ser denunciada e combatida, chamem-se Sócrates ou outra coisa qualquer.
Seja por bilhetes pagos ou por convites ou por entradas livres.
Está marcada uma hora, os senhores políticos ou pseudo personalidades que mexam o traseiro e cheguem a horas ou escolham uma altura em que não incomodem o público que quer ver o espectáculo a que se propôs assistir.