A Igreja Católica e os seus acólitos, até os laicos a caminho de serem leigos, vice-versa também, costumam argumentar que a um ateu, agnóstico ou religioso de outras confissões, lhe falece o direito de crítica quando o Papa prega porque Ele fala, apenas, aos seus fiéis. É uma questão da tribo, não metam a colher, grita-se então. O que subentende que a haver polémica, sempre difícil ou impossível em questões de dogmas e éditos do Infalível, ela se circunscreva a sínodos, conferências episcopais, conclaves e concílios. Vá lá, até a assembleias no adro da igreja à saída da missa. Como entender então este recurso à Comissão de Direitos Humanos da ONU? Aquela casa é sede de povos reunidos, onde a religião não pode separar, ou neo-tribunal de Santo Ofício? Valha-nos deus que ainda lhes pode ir no pensamento pedirem o envio de “capacetes azuis” para meterem a crítica laica na ordem.
OS MEUS BLOGS ANTERIORES:
Bota Acima (no blogger.br) (Setembro 2003 / Fevereiro 2004) - já web-apagado pelo servidor.
Bota Acima (Fevereiro 2004 a Novembro 2004)
Água Lisa 1 (Setembro 2004 a Fevereiro 2005)
Água Lisa 2 (Fevereiro 2005 a Junho 2005)
Água Lisa 3 (Junho 2005 a Dezembro 2005)
Água Lisa 4 (Outubro 2005 a Dezembro 2005)
Água Lisa 5 (Dezembro 2005 a Março 2006)