Claro que a realidade que julgamos como tal não é a realidade mas sim a percepção que dela temos. Isto qualquer sociólogo de bolso o sabe e diz. E mais: a percepção está ligada à realidade. Só pode. Porque vive dela. E, por isso mesmo, não há percepção e realidade. A não ser
Pela mão de Zita Seabra, tudo é possível. Inclusive Santana Lopes justificar-se, como vítima, em livro, perante o julgamento dos portugueses que, em transe de espanto, o aturaram como primeiro-ministro. E que foi, estou certo, o momento maior do desatino político neste país desde que se recuperou a democracia. Ou o momento zero da míngua das mínguas. Talvez a beira da derrapagem para a insolvência lúdica do país que só Sócrates terá agradecido pelo retorno feliz que lhe caiu nos braços, levando-o à cadeira do poder.
Santana Lopes apresentou o seu livro “Percepções e Realidades” em que se justifica como vítima de uma conjura de forças múltiplas e convergentes para o tramarem. O que faz parte da típica estratégia de recuperação de auto estima de um falhado clamoroso. Reza a crónica que o fez solitariamente, sem ministros ou dirigentes do PSD a darem-lhe o consolo do apoio. Nem sequer Mexia, o seu guru no disparate, olha quem, lhe deu o calor de uma piscadela cúmplice. Solitário mesmo, não. Pior. Acompanhado (apenas) de Zita Seabra. Ou seja, nem na pré-solidão de dar á estampa a amargura do pretendido boomerang da nabice, Santana Lopes soube escolher a companhia. Solitário, não consegue aparecer só. E escolhe a pior das companhias. Mete pena (agora que não manda!). Uff, antes assim.
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